Quando falamos em sistemas distribuídos, muita gente pensa em diagramas complexos, clusters e SLAs impossíveis. Mas, como mostrou nosso convidado Flávio Mendes (do canal Trilhainfo), essa selva também pode ser desbravada com bom senso, experiência e algumas doses de realismo.

Flávio compartilhou sua trajetória de mais de 15 anos, desde os legados em Java até sistemas distribuídos em larga escala em empresas globais. O ponto central do papo? Arquitetura é uma resposta a necessidades reais — não uma arte mística com receitas pré-prontas. Isso significa que antes de sair quebrando monolitos em mil pedaços, vale a pena entender o contexto, o negócio e o time que vai dar manutenção naquilo.

Discutimos a diferença entre distribuir processos e ter um sistema realmente distribuído. Um front-end separado de um back-end já configura uma distribuição, mas isso não significa que você precise se preocupar com particionamento de banco de dados ou resiliency patterns logo de cara.

Um dos trechos mais valiosos foi sobre overengineering: a tendência de superplanejar sistemas com soluções que nem chegaram a enfrentar os problemas que supostamente resolveriam. Flávio defende que a arquitetura deve emergir conforme a complexidade real aumenta. Comece simples, mas com uma fundação robusta o suficiente para suportar futuras evoluções.

Outro ponto que merece destaque é a escolha tecnológica. Além de pensar em performance ou escalabilidade, é essencial considerar o mercado de trabalho e a manutenibilidade. Adotar uma linguagem exótica pode ser tentador, mas quem vai tocar isso quando o especialista sair da empresa? No fim, não somos todos Netflix, e tudo bem.

Esse episódio está recheado de insights valiosos sobre como pensar e evoluir sua arquitetura sem perder de vista o que importa: gerar valor. Ouça o episódio completo para mergulhar nessa selva com a gente.

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