Com o crescimento da adoção de Kubernetes, também aumentam as preocupações com a segurança dos clusters. Compreender a segurança em Kubernetes e como ela pode ser aplicada de forma eficaz é essencial para garantir que seus clusters estejam protegidos contra ameaças internas e externas. Neste artigo, vamos explorar as melhores práticas para a segurança em Kubernetes, as vulnerabilidades mais comuns, bem como ferramentas e plataformas para ajudá-lo a manter seus ambientes seguros e saudáveis.

1: Introdução

Kubernetes é uma plataforma de orquestração de contêineres open-source que facilita gerenciar e escalar aplicações. Como muitos outros sistemas, Kubernetes tem seus próprios conjuntos únicos de preocupações de segurança. Para entender como os clusters Kubernetes devem ser protegidos, é importante compreender os princípios básicos do Kubernetes e como eles se aplicam à segurança.

Podemos dividir o Kubernetes em três grandes grupos de componentes: 

  • Core; 

  • Controlador/API; 

  • Nodes. 


O core do Kubernetes é a infraestrutura básica da plataforma, que inclui o gerenciador de contêineres em si, o sistema de gerenciamento de redes, storage e usuários. O controlador/API do Kubernetes é responsável pelas chamadas/entrada/saídas e gerenciar os nodes do Kubernetes. Os nodes do Kubernetes são os servidores que executam os contêineres propriamente.

A segurança do Kubernetes começa com a proteção desses três grupos de componentes principais. O core do Kubernetes deve ser otimizado para limitar o acesso aos arquivos e aos gerenciadores de contêineres. O controlador/API do Kubernetes deve ser protegido contra ataques externos com autenticação de usuário e criptografia de ponta a ponta, já os nós do Kubernetes devem ser protegidos contra a execução de contêineres maliciosos ou não autorizados.

Além disso, é importante criar uma infraestrutura de rede segura para os clusters Kubernetes. As redes Kubernetes devem ser segregadas por segmento para limitar o acesso aos nodes e ao controlador/API. Assegurar que as conexões são seguras significa limitar o acesso aos nodes, pods e containers, bem como ao controlador.

Por fim, é importante monitorar o cluster Kubernetes para verificar se há vulnerabilidades ou comportamentos suspeitos. A varredura de vulnerabilidades e a remediação devem ser realizadas regularmente para detectar e corrigir as issues mais recentes. Além disso, monitorar o comportamento dos contêineres pode ajudar a identificar e bloquear ameaças internas e externas.

2: Melhores Práticas

Existem várias melhores práticas para a segurança Kubernetes que você pode usar para proteger seus clusters. 

A primeira, é usar a autenticação de usuário para restringir o acesso aos clusters. Além disso, é importante criar políticas de acesso e monitorar as atividades de usuário para identificar e bloquear acessos não autorizados.

Outra melhor prática é usar criptografia de ponta a ponta para proteger as conexões ao cluster. A criptografia de ponta a ponta criptografa os dados em trânsito para proteger suas aplicações contra ataques de interceptação de rede, já que hoje ninguém está fisicamente conectado ao cluster.

Uma terceira boa prática é limitar o acesso aos recursos do cluster, aplicando sempre o princípio de menor privilégio (POLP). Os usuários devem ter acesso apenas aos recursos necessários para executar seu trabalho. Monitorar o comportamento do cluster, é também uma prática fortemente recomendada, pois permite detectar e bloquear ameaças internas e externas. 

Por fim, assegurar que os clusters estão sempre atualizados com as últimas correções de segurança é também uma prática essencial para garantir que eles estejam protegidos contra vulnerabilidades conhecidas.

3: Kubernetes Network Security

A segurança da rede é fundamental para proteger seus clusters Kubernetes. Criar regras de firewall, ou mesmo security groups,  para limitar o tráfego externo para os clusters também é uma boa prática. Além disso, você pode utilizar ferramentas para ter acesso externo com mais segurança aos seus clusters como o Teleport que não apenas criptografa mas também controla, audita e mantém logs de todas as conexões realizadas, auxiliando em processos de governança e LGPD.

Por fim, é importante limitar o acesso aos serviços expostos para o cluster Kubernetes. Isso ajuda a prevenir o acesso não autorizado aos serviços, evitando ataques de roubo de dados ou de negação de serviço. Ainda, é importante aplicar as políticas de segurança corretas para garantir que os serviços expostos estejam protegidos e apenas expostos exatamente para suas necessidades.

4: Segurança em containers

A segurança do contêiner é outro item obrigatório para garantir que os clusters Kubernetes estejam protegidos. 

A primeira etapa é limitar o acesso aos contêineres para usuários autorizados. As políticas de acesso devem ser aplicadas para garantir que apenas usuários autorizados tenham acesso aos contêineres.

Além disso, é importante certificá-los para garantir a ausência de códigos maliciosos ou não autorizados. A certificação de contêineres pode ser realizada usando ferramentas como o Kubernetes Admission Controller ou o Kubernetes Pod Security Policy. Essas ferramentas fornecem um mecanismo para certificar os contêineres antes de serem executados no cluster.

Outra boa prática é a limitação de recursos. Os contêineres devem ser limitados aos recursos necessários para a execução do trabalho e não aos recursos desnecessários. Isso ajuda a prevenir o uso desnecessário de recursos do cluster, prevenindo ataques de negação de serviço. Além disso, é importante aplicar políticas de restrição de contêiner para limitar o acesso aos recursos do cluster.

Monitorar o comportamento dos contêineres também é importante para garantir que os clusters estejam protegidos. O monitoramento do comportamento dos contêineres permite detectar e bloquear ameaças internas e externas. Além disso, verificar regularmente os contêineres em execução também pode ajudar a detectar e bloquear contêineres maliciosos ou não autorizados.

Por fim, é importante realizar verificações regulares para garantir que os contêineres estejam atualizados com as últimas correções de segurança. A verificação de segurança deve ser realizada regularmente para detectar e corrigir as vulnerabilidades mais recentes. Além disso, é importante garantir que os contêineres estejam configurados corretamente para garantir que eles estejam protegidos.

5: Scan de Vulnerabilidades

A verificação de vulnerabilidades e a remediação são essenciais para garantir que seus clusters Kubernetes estejam protegidos. A primeira etapa é verificar os clusters regularmente para identificar vulnerabilidades. Essa verificação de vulnerabilidades deve ser realizada regularmente para detectar e corrigir as vulnerabilidades mais recentes.

Além disso, é importante remediá-las rapidamente. A remediação deve ser realizada o mais rápido possível após a detecção de uma vulnerabilidade para evitar que ela seja explorada. 

Outra boa prática é usar ferramentas de verificação de vulnerabilidades para monitorar o cluster. As ferramentas de verificação de vulnerabilidades podem ajudar a detectar essas issues e também misconfigurations, normalmente apontando para a correção ou a causa do problema. 

6: Conformidade Kubernetes

A conformidade é o processo de garantir que o cluster esteja de acordo com os padrões e melhores práticas. Isto inclui garantir que o cluster esteja seguro e em conformidade também com regulamentos aplicáveis como PCI-DSS por exemplo.

A conformidade da Kubernetes pode ser gerenciada utilizando uma plataforma de conformidade. Estas plataformas podem escanear clusters e fornecer relatórios detalhados sobre quaisquer problemas potenciais. Uma vez identificadas, estas questões devem ser tratadas o mais rápido possível para garantir que o cluster esteja em conformidade.

7: Garantindo segurança e visibilidade, na prática!

A melhor forma de proteger seu ambiente é conhecendo-o e para fazer isso é necessário a utilização de ferramentas especializadas que possam periodicamente escanear seus clusters e lhe informar de forma clara quais problemas de configuração ou vulnerabilidades foram encontrados, pois como a experiência nos mostra, conhecer o problema é o primeiro passo para resolvê-lo!

Pensando nesse problema e trabalhando com Kubernetes desde a versão 1.0 é que criamos o Zora, uma ferramenta que lhe dá visibilidade multi-cluster para seus ambientes, permitindo assim que de forma centralizada você tenha controle sobre vulnerabilidades e misconfigurations em seus clusters e então possa endereçar cada um dos desafios para os times correspondentes, auxiliando ainda a manter seus ambientes padronizados, não apenas para uma maior segurança, mas inclusive desempenho, que vão se refletir diretamente na estabilidade e custos.

Saiba mais em: zora.undistro.io 

Conclusão

A segurança da Kubernetes é fundamental para o sucesso de sua organização. Aderir às melhores práticas descritas neste artigo pode ajudá-lo a proteger seus clusters e a manter sua operação saudável. Além disso, há uma série de ferramentas e plataformas disponíveis para ajudá-lo a proteger seus clusters Kubernetes. Para saber mais sobre a segurança em Kubernetes, visite undistro.io

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